Ponto Cruz: O Point Art de Gri Alves

O  Point Art de Gri Alves

Trabalho da artista paranaense Agrineldia Briel Alves ganha espaço no Vaticano, Casa Branca e Palácio do Planalto. As imagens de lugares e personalidades são bordadas em Ponto Cruz, sempre com cinco pontos por centímetro. 

Não existem desenhos por baixo de seus pontos, ela confecciona todas as suas telas baseada em fotografias, apenas olhando para as fotos e reproduzindo os traços e cores. Cada obra possui de quarenta a cinquenta cores de tonalidades diferentes. Uma miscelânea de efeitos, que retratam com perfeição todos os detalhes das imagens. 
A artista conta que tem uma agulha para cada cor de linha, para facilitar o seu trabalho. Quem olha as criações nega ser uma imagem bordada. “Normalmente as pessoas precisam tocar para ter certeza que se trata de um bordado”, brinca a artista.

Arte em Ponto Cruz

(15/06/2013 00:05 William Kayser) A paranaense Agrineldia Briel Alves, a Gri, sempre passou muito tempo fazendo tricô. Miss Umuarama em 1982, ela se rendeu aos encantos do bordado e do ponto cruz em 1984, quando se casou. Chegou a ensinar a arte das mãos para donas de casa de famílias carentes quando participou de um projeto religioso, há seis anos. Durante uma reportagem na televisão sobre Oscar Niemayer, teve uma luz – divina, segundo ela. Resolveu bordar imagens e fotos através do ponto cruz. A ideia tirou os trabalhos da própria casa e ganhou o Vaticano, a Casa Branca e o Palácio do Planalto.

“O primeiro trabalho que fiz foi da minha vizinha, a igrejinha da Pampulha [em Belo Horizonte, Minas Gerais]”, lembrou Gri Alves. Foram necessárias 53 cores de linhas para a primeira tela. A segunda produção também é inesquecível: foi o primeiro rosto, do arquiteto Oscar Niemayer. Desde então, Gri fez 51 obras – média de dois meses para cada uma ser concluída -, sempre usando cinco pontos por centímetro. “Ainda tenho uma feita pela metade. É a Oca do Ibirapuera. Levo com as linhas e agulhas para mostrar que não tem nenhum tipo de desenho por baixo.”

A maior conquista, no entanto, partiu da ajuda de um amigo de Belo Horizonte, que tinha audiências semanais com o papa emérito Bento XVI. O homem levou ao Vaticano uma obra feita por Gri com o rosto de Joseph Ratzinger. O presente foi dado em mãos ao papa em 2010. “Nossa amigo disse que Vossa Santidade comparou o meu trabalho ao gobelet francês. Disse que era até melhor porque os franceses usam máquinas”, lembrou. Bento XVI levou a obra para exposições religiosas pelo mundo. “Ele disse que a tela era muito especial para ficar apenas trancada no Vaticano.” A partir da entrega ao Pontífice da Igreja Católica, a técnica ganhou o nome de Point Art.

As telas de Gri também chegaram a figuras políticas internacionais. Através de um contato dentro da Prefeitura de São Bernardo (SP), a artista desenvolveu telas com os rostos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da presidente Dilma Rousseff (PT), ambas entregues por ela aos políticos. “Eles se apaixonaram pelo meu trabalho”, relembrou.

Durante a visita ao Palácio do Planalto, Gri conheceu Renato Mosca, Ministro Chefe do Cerimonial da Presidência da República. Mosca foi o responsável por realizar outro sonho da artista: ele deu a ideia de produzir uma imagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e da esposa dele, Michelle Obama. “A presidenta os encontraria em abril de 2012. Então retratei uma cena congelada do baile presidencial dos Estados Unidos. Não de uma foto”, contou. Em 9 de abril do ano passado, Dilma entregou o presente na Casa Branca. Obama enviou uma carta a Gri como forma de agradecimento pelo trabalho.

Recorde

Uma das obras de Gri está no RankBrasil, entidade que homologa recordes no país. A tela retrata a pianista Vera Schubert, de Umuarama, no Noroeste do Paraná. Vera é descendente do compositor austríaco Franz Peter Schubert. A tela tem 115 mil pontos e demorou 90 dias para ser concluída. “É a maior que fiz até agora. Tem 1,2 metro por 80 centímetros, mas o próprio diretor do ranking brasileiro já me desafiou a fazer uma maior.”

Exposição

O trabalho de Gri Alves, que já ficou exposto em Brasília, São Paulo, no Rio de Janeiro, na capital argentina Buenos Aires, em Teerã no irã (no Museu do Cartoon), no México, no estado norte americano da Flórida, e em vários outros locais. Dos 51 quadros que a artista já criou em seus 6 anos de trabalho artístico, a tela da pianista Vera Schubert – carinhosamente apelidado por Gri de Verinha – ficará permanentemente exposta no Memorial Vera Schubert em Umuarama.


Fonte: Gazeta Maringá

3 comentários :

  1. É muito gratificante ver o nosso trabalho sendo apreciado. Obrigada pelo carinho.
    Gri Alves

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    Respostas
    1. Boa noite Gri Alves

      Muito obrigada por sua visita e seu comentário em meu blog.
      Sua arte é maravilhosa, seus quadros são uma perfeição.
      Você merece parabéns sempre!!!
      Com muito carinho divulguei seu trabalho em meu blog para todos verem a beleza do ponto cruz bordado por uma artista.

      Saudações

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  2. Boa tarde Gri

    Adorei ver a reportagem sobre essa maravilhosa arte do ponto cruz na Record Internacional
    Foi demais!!!!!!! Meus parabéns!!!!!!! abracos de Stuttgart no sul da Alemanha

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